A cobrança de pedágio na ponte José Martins Rodrigues, entre as cidades de Fortaleza e Caucaia, voltou a ser suspensa ontem. A via, localizada sobre o rio Ceará, é motivo de batalha judicial envolvendo Prefeitura de Fortaleza, Ministério Público Estadual (MPE) e Prefeitura de Caucaia desde o início do ano. A liberação das cancelas, no início da tarde de ontem, atendeu a uma decisão do juiz Antônio Carlos Klein, da 4ª Vara de Caucaia. Um oficial de justiça, acompanhado do procurador-geral de Caucaia, Ricardo Ibiapina, foi até a ponte por volta das 14 horas para comunicar a ordem judicial. Em seguida, as cancelas foram levantadas e as cabines, simbolicamente, lacradas. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMT) de Caucaia orientavam o fluxo de veículos.
O caso começou em 28 de janeiro. O MPE expediu recomendações às prefeituras em que sugeria o fim do pedágio. O promotor de Caucaia, Ricardo Rocha, sustentava que o contrato entre a concessionária Construtora CHC e a Prefeitura de Fortaleza para a exploração do serviço, firmado em 1998, tinha vigência de dez anos e, assim, a continuidade da cobrança era ilegal. O prefeito de Caucaia, Washington Góis (PRB), atendeu a recomendação e, por decreto, extinguiu o pedágio - instalado no território de seu município. A Prefeitura de Fortaleza, por sua vez, obteve liminar contra o decreto e manteve a cobrança. Mas no julgamento do mérito, ontem, o juiz foi favorável a Caucaia.
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