
Sete jogadoras da equipe feminina do Caucaia, que briga amanhã por vaga na terceira fase da Copa do Brasil, contra o Sport, moram em uma casa alugada pelo clube. Juntas, compartilham momentos de diversão e histórias difíceis
A equipe feminina do Caucaia está bem próxima de conquistar vaga na terceira fase da Copa do Brasil. A segunda partida contra o Sport ocorre amanhã, na Ilha do Retiro, no Recife, às 18h30min. Como venceram o jogo de ida, por 2 a 0, as cearenses podem até perder pela diferença de um gol. A receita para os bons resultados, segundo o técnico Jardel Rocha, é a união. ``Isso reflete no desempenho do time em campo``, ressalta. Essa união pode ser vista também fora dos gramados. Sete jogadoras, com idade entre 18 e 25 anos, moram em uma casa mantida pelo Caucaia. Dida e De Menor, da Bahia; Vanderléia, de Horizonte; Vivi, Régia, Roseane e Fernanda, de Fortaleza, dividem as tarefas domésticas entre um treino e outro. Para manter a disciplina, as atletas recebem visitas diárias de membros do clube. Nos momentos de lazer, lan houses, lanchonetes e a pracinha são os destinos preferidos. Mas é dentro de casa que a maior diversão acontece. ``Gostamos muito de dançar``, disse Vanderléia. Além dos momentos divertidos, as atletas compartilham também histórias difíceis. Quando atuava pelo Juventude Timonense, do Maranhão, a atacante Vivi conta que sofreu abuso por parte de um dirigente. Em uma reunião, ele tentou beijá-la a força. ``Quando ele me atacou, dei um murro na cara dele e corri``, relembra. Sem ter coragem para denunciar a agressão, Vivi fugiu para Caucaia. O caso nunca foi levado ao conhecimento da polícia. Por sorte, não só de histórias ruins é feita a trajetória da mulher dentro do futebol. Exemplos bem sucedidos, como o da jogadora Marta, atacante da seleção brasileira, alimentam os sonhos daquelas que estão começando agora.
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