A pequena Vitória Correia de Alencar, 8, foi a primeira indígena a ser imunizada, no Ceará, contra a Influenza A. A campanha de vacinação foi aberta, na manhã de ontem, no polo-base de saúde da etnia Tapeba, em Caucaia. O trabalho está sendo feito pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e prossegue até o próximo dia 19.
O Ministério da Saúde aponta que a meta é vacinar, pelo menos, 80% dos 566 mil indígenas brasileiros. Já o coordenador estadual da Funasa, Germano Fonteles, é mais otimista. ``A gente quer vacinar todos. E estamos trabalhando para isso, inclusive nas comunidades mais distantes ou menores``, explica. Dados da Funasa detalham que o Estado tem cerca de 22,5 mil indígenas, de 13 etnias, em 17 municípios.
A abertura da campanha de imunização segue parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Há a recomendação de imunizar trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas, conforme o Ministério da Saúde. Todos os profissionais do polo-base do povo Tapeba foram vacinados ainda ontem.
A prioridade dos indígenas, conforme Germano Foneles, é por conta dos riscos e vulnerabilidades. A maioria dos povos habita comunidades carentes e nem sempre há um serviço de Saúde próprio. A etnia Anacé, de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, tem cerca de 1,3 mil pessoas e não conta com um posto de saúde, por exemplo.
O titular da Coordenadoria Indígena da Prefeitura de Caucaia, Dourado Tapeba, afirma que os indígenas podem se vacinar em qualquer uma das unidades de saúde envolvidas na campanha. Os tapebas formam a maior etnia do Ceará, com 6.906 pessoas em 17 aldeias, todas em Caucaia, e possuem quatro unidades de saúde.
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