Governo do Estado vai implantar equipamento em uma área de 30 hectares cedido pelo município de Caucaia
Proximidade do Centro de Comercialização e Prestação de Serviços de Rochas Ornamentais com o Porto Pecém facilitaria exportações do granito branco cearense para o exterior
FOTO: NEYSLA ROCHA
FOTO: NEYSLA ROCHA
Conforme Sinagran-CE, a meta é que, nos próximos 10 anos, a produção local seja ampliada em até 500% , em virtude dos investimentos, que serão captados pelo setor
FOTO: JOSÉ LEOMAR
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Agora vai. Um antigo sonho dos empresários do setor de mineração do Estado deve ser concretizado ainda neste ano. A construção de um Centro de Comercialização e Prestação de Serviços de Rochas Ornamentais, sobretudo mármore e o famoso granito branco cearense, que é um tipo único em todo o País. A informação foi confirmada com o presidente do Sindicato da Indústria de Mármore e Granito do Estado (Sinagran-CE), Roberto Amaral Ribeiro e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Caucaia, Elizeu Sousa dos Santos. O novo polo comercial ficará localizado no município vizinho de Fortaleza.
Dinheiro liberado
De acordo com Sinagran-CE e a Prefeitura de Caucaia, o dinheiro para construir o polo já foi liberado pelo governador Cid Gomes. "Ele já disponibilizou R$ 1,8 milhão no Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (Mapp). Valor que deverá ser destinado para as obras. Depois de concluir a transferência do terreno, será feita a licitação", garantiu Elizeu.
A contrapartida de Caucaia é a doação de um terreno de 30 hectares. "Estamos repassando para a Adece a posse. Isso vai levar até 60 dias". Conforme o secretário, já em sua 1ª etapa, o Centro deverá transformar o setor de mineração, sobretudo, o segmento de rocha ornamentais, do Estado. "No 1º momento, a previsão é de que sejam movimentados entre R$ 80 e 100 milhões. Na 2ª etapa, o fluxo poderá atingir a casa dos R$ 300 milhões. Isso vai gerar emprego e renda para o Estado e, principalmente, para Caucaia", avaliou o secretário.
Na opinião do presidente do Sinagran-CE, que também preside a Câmara Setorial de Mineração (CSM), esse valor deve ser alcançado em pouquíssimo tempo. "O Centro de Comercialização e Prestação de Serviços é um equipamento estruturante, de apoio a todas as mineradoras. A finalidade é que, nos próximos 10 anos, a gente consiga ampliar a produção do setor em 500%", estimou Roberto.
Modal ferrovia
Segundo ele, o Polo vai ficar às margens da BR-222, próximo à entrada do Pecém e ao trilho onde vai passar a Transnordestina. "É um ramo onde é preciso também o modal ferroviário, porque há blocos que chegam a pesar até 30 toneladas. Além disso, o local é privilegiado por ficar próximo à rodovia e ao Porto do Pecém, por onde serão exportados nossos produtos e o de outros estados próximos", contou, revelando que a ideia levada pela CSM ao governador Cid Gomes é de tornar o Ceará um ponto de exportação de rochas ornamentais no Nordeste.
"Hoje, parte do nossos produtos como de outros estados são direcionados para o Espírito Santo. Lá, é feito o beneficiamento desse material para que seja enviado para o exterior", informou Roberto.
Na avaliação do Sinagran-CE, há condições de inaugurar o Centro ainda em 2011, nessa segunda oportunidade, já que, em 1993, uma tentativa não deu certo e acabou deixando empresários endividados. "Na época, não tínhamos experiência no setor. Entrou muita gente da construção civil sem conhecer o ramo. Além disso, faltou uma maior assistência técnica dos órgãos financiadores e de fomento. Mas o pior era a concorrência desleal com o Espírito Santo, principalmente, nos tributos. Isso levou àquele estado a responder por 80% da exportação no Brasil e a frear o setor em outros estados", assinalou Roberto. Contudo, de acordo com ele, o primeiro passo para a minimizar a concorrência com o Espírito Santo foi dado, no ano passado, pelo secretário interino, na época, João Marcos Maia, que concedeu subsídios tributários para que fosse possível atrair investidores locais e internacionais para o Estado. "O Ceará tem uma vocação natural para rochas ornamentais. Se começarmos agora, a gente pode chegar lá", concluiu.
Para o secretário de Desenvolvimento daquele município, a nova era da mineração cearense já começou. "Estive na Itália e em Portugal onde foi feito um primeiro contato com investidores. O retorno foi positivo quanto a possibilidade deles virem se instalar aqui", comentou.
Dinheiro liberado
De acordo com Sinagran-CE e a Prefeitura de Caucaia, o dinheiro para construir o polo já foi liberado pelo governador Cid Gomes. "Ele já disponibilizou R$ 1,8 milhão no Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (Mapp). Valor que deverá ser destinado para as obras. Depois de concluir a transferência do terreno, será feita a licitação", garantiu Elizeu.
A contrapartida de Caucaia é a doação de um terreno de 30 hectares. "Estamos repassando para a Adece a posse. Isso vai levar até 60 dias". Conforme o secretário, já em sua 1ª etapa, o Centro deverá transformar o setor de mineração, sobretudo, o segmento de rocha ornamentais, do Estado. "No 1º momento, a previsão é de que sejam movimentados entre R$ 80 e 100 milhões. Na 2ª etapa, o fluxo poderá atingir a casa dos R$ 300 milhões. Isso vai gerar emprego e renda para o Estado e, principalmente, para Caucaia", avaliou o secretário.
Na opinião do presidente do Sinagran-CE, que também preside a Câmara Setorial de Mineração (CSM), esse valor deve ser alcançado em pouquíssimo tempo. "O Centro de Comercialização e Prestação de Serviços é um equipamento estruturante, de apoio a todas as mineradoras. A finalidade é que, nos próximos 10 anos, a gente consiga ampliar a produção do setor em 500%", estimou Roberto.
Modal ferrovia
Segundo ele, o Polo vai ficar às margens da BR-222, próximo à entrada do Pecém e ao trilho onde vai passar a Transnordestina. "É um ramo onde é preciso também o modal ferroviário, porque há blocos que chegam a pesar até 30 toneladas. Além disso, o local é privilegiado por ficar próximo à rodovia e ao Porto do Pecém, por onde serão exportados nossos produtos e o de outros estados próximos", contou, revelando que a ideia levada pela CSM ao governador Cid Gomes é de tornar o Ceará um ponto de exportação de rochas ornamentais no Nordeste.
"Hoje, parte do nossos produtos como de outros estados são direcionados para o Espírito Santo. Lá, é feito o beneficiamento desse material para que seja enviado para o exterior", informou Roberto.
Na avaliação do Sinagran-CE, há condições de inaugurar o Centro ainda em 2011, nessa segunda oportunidade, já que, em 1993, uma tentativa não deu certo e acabou deixando empresários endividados. "Na época, não tínhamos experiência no setor. Entrou muita gente da construção civil sem conhecer o ramo. Além disso, faltou uma maior assistência técnica dos órgãos financiadores e de fomento. Mas o pior era a concorrência desleal com o Espírito Santo, principalmente, nos tributos. Isso levou àquele estado a responder por 80% da exportação no Brasil e a frear o setor em outros estados", assinalou Roberto. Contudo, de acordo com ele, o primeiro passo para a minimizar a concorrência com o Espírito Santo foi dado, no ano passado, pelo secretário interino, na época, João Marcos Maia, que concedeu subsídios tributários para que fosse possível atrair investidores locais e internacionais para o Estado. "O Ceará tem uma vocação natural para rochas ornamentais. Se começarmos agora, a gente pode chegar lá", concluiu.
Para o secretário de Desenvolvimento daquele município, a nova era da mineração cearense já começou. "Estive na Itália e em Portugal onde foi feito um primeiro contato com investidores. O retorno foi positivo quanto a possibilidade deles virem se instalar aqui", comentou.
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