terça-feira, 19 de julho de 2011

Produtores de Caucaia no programa Leite Fome Zero

155 dos 184 municípios cearenses são atendidos pelo programa.

Meta de distribuição é de 100 mil litros de leite no segundo semestre de 2011.

Do G1 CE, com informações do NE Rural Ceará
Cerca de 54 mil famílias já são beneficiadas
O programa distribui leite a gestantes, famílias com crianças de 2 a 7 anos e idosos de baixa renda em 155 dos 184 municípios do estado.
Para isso, o governo cadastra produtores de leite no interior do Ceará. Cada produtor recebe R$ 0,72 por litro. “Essa produção garante uma renda fixa para os produtores e suas famílias. Esse é o nosso objetivo, favorecer produtores e as famílias que precisam desse leite”, diz o coordenador do programa no Ceará, Márcio Peixoto.
Os produtores da comunidade de Salgadinho em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, são exemplos de beneficiados. Antes do programa, a produção de leite não tinha destino certo. “O leite que tirávamos era usado na fabricação de doces, queijos e para o consumo da família. O que sobrava era dado aos bezerros para que crescessem mais rápido e pudéssemos vendê-los”, diz José Mardes, um dos produtores de leite da comunidade.
“Meu plano é comprar uma vaca melhor com o dinheiro que ganho", diz Joaquim Ferreira.
Os produtores do local hoje produzem 300 litros de leite por dia, mas o objetivo das 68 famílias que moram na comunidade é aumentar essa produção para 1000 litros. O dinheiro que eles recebem já anima muitos, como é o caso de Joaquim Ferreira. “Meu plano é comprar uma vaca melhor com o dinheiro que ganho. Compensa sim a gente dar ração concentrada se for melhorar a produção”, diz o produtor.
O leite retirado das vacas é levado para um tanque refrigerado que pode armazenar até dois mil litros. De lá, ele segue em caminhões-tanque para uma indústria de laticínios para ser pasteurizado e então levado para as comunidades cadastradas pelo governo do estado.
Paraípaba, no Litoral Oeste do Ceará a 90 quilômetros de Fortaleza, tem 300 pessoas cadastradas. Elas recebem até dois litros que são distribuídos no posto de saúde sempre as terças, quartas e sextas-feiras. A fila de espera já tem mais 100 pessoas aguardando uma vaga no programa. “Sempre que uma criança atinge os 8 anos, aquela família sai do programa e entra uma outra”, diz Suely Queiroz, coordenadora da Unidade de Saúde do município.
Maria Braga é uma das beneficiárias. Com 68 anos, ela conseguiu uma vaga o programa devido a orientação médica. Ela sofre de osteoporose. “É bom, me ajuda muito. Não tenho como pagar por esse leite. E ele me serve como remédio. O médico mandou eu tomar muito leite pra ajudar a fortalecer os ossos”, diz Maria.

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