segunda-feira, 15 de março de 2010

Caucaia e Fortaleza: União na guerra contra a dengue


Educadores ambientais e agentes de saúde vão fazer o combate ao mosquito Aedes aegypti

Treze bairros de Fortaleza e Caucaia receberão a operação, que intensificará o combate ao mosquito

Cerca de 200 agentes de saúde e educadores ambientais dos municípios de Caucaia e Fortaleza vão unir forças para a realização da quinta edição da Operação Fronteira, lançada, ontem, no Complexo José Carlos Ribeiro, no Quintino Cunha. A operação visa combater os focos do mosquito da dengue, Aedes Aegypti, de forma intensificada em 13 bairros que ficam no limite entre os dois municípios, onde há um maior índice de casos da doença.

De 15 de março a 22 de abril, as equipes farão visitas domiciliares, retirada de lixo, coleta de pneus e borrifação em pontos estratégicos dos bairros beneficiados pela Operação.

Quase 11 mil imóveis serão visitados na primeira etapa da operação. Durante as visitas, os agentes irão colocar telas em caixas d´água, tocas em potes e orientar a população sobre as formas de evitar a proliferação do mosquito.

Na segunda etapa, até o dia 22 de abril, escolas, associações e igrejas receberão os educadores ambientais para ministrarem palestras sobre o combate à doença. Serão beneficiados os bairros Tabapuá, São Miguel, Parque Albano, Guadalajara e Marechal Rondon, em Caucaia; e Barra do Ceará, Vila Velha, Antônio Bezerra, Quintino Cunha, Parque Genibaú, Conjunto Ceará I e II e Granja Lisboa, em Fortaleza.

Segundo o secretário de Saúde de Fortaleza, Alex Mont´Alverne, o combate à dengue já é feito rotineiramente pelos dois municípios, mas que o importante é que a ação seja feita simultaneamente porque o inseto pode migrar de um município para o outro se a ação só estiver acontecendo de um lado.

Ele explicou que o fator que mais influencia no aumento de casos na área é incorreta destinação do lixo domiciliar. "Em primeiro lugar, isso acontece por causa do mau hábito da população de jogar lixo no rio (Maranguapinho) e na linha do trem. Em segundo lugar, essa região sofre de um abastecimento irregular de água. Aí, as pessoas utilizam potes, baldes e depósitos para guardar água. Além disso, há uma frequência maior de sucatas e depósitos de catadores por lá", explicou o secretário.

Uma ação específica será feita com os catadores, através de palestras sobre educação ambiental. Segundo Afonso Barbosa, coordenador de mobilização social da Secretaria Executiva Regional V (SER V), o mais importante na operação é conseguir envolver a população. "A gente percebe que a população atende o nosso chamado num primeiro momento, mas não consegue dar continuidade ao combate depois dessas ações. Por isso, iremos intensificar com carros volantes e participações em rádios comunitárias", ressaltou o coordenador.

O supervisor de endemias da Secretaria de Saúde de Caucaia, Messias Lima, afirmou que o índice de infestação predial de focos do mosquito no município é de 0,9%, em média, mas que nos bairros limítrofes com Fortaleza o índice ultrapassa o número considerado aceitável pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. "Além do rio e da linha de trem, a população também transita muito entre os dois municípios", acrescentou Messias.

Fonte: Diário do Nordeste

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